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Contra a vontade popular, governadores do Nordeste pedem liberdade de Lula

Os governadores do Nordeste divulgaram, na manhã deste domingo (30), carta sobre os diálogos entre membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, publicados pelo site Intercept Brasil, Folha de S. Paulo e outros veículos de comunicação. No documento, eles cobram “a pronta e ágil apuração de tudo, com independência e transparência” e “a revisão ou anulação de todo e qualquer julgamento realizado fora da legalidade”.

A Carta

Não se trata de pequenos erros; são vidas de seres humanos e suas histórias que se revelam alteradas em julgamentos fora das regras constitucionais, legais e éticas. Todos sabem que um juiz deve ser imparcial e por isso não pode se juntar com uma das partes para prejudicar a outra parte. Acreditamos que a defesa da real imparcialidade dos juízes é um tema de alto interesse inclusive para eles próprios. Assim, manifestamos nossa confiança de que a imensa maioria dos magistrados e membros do Ministério Público que, com seriedade e respeito à lei fazem o verdadeiro combate à corrupção e outros crimes, podem apoiar as necessárias investigações nesse caso.

Agora, um dos trechos das conversas divulgadas destacam o Procurador Deltan Dallagnol sugerindo busca e apreensão na residência do hoje Senador pela Bahia, Jaques Wagner. E a justificativa do coordenador da Lava Jato? “Questão simbólica”, ou seja, ao lixo o direito. É mais uma revelação de extrema gravidade.

É inadmissível uma atuação que se denuncia  ilegal entre membros do Ministério Público e do Judiciário, combinando previamente passos de uma importante investigação, com o intuito de perseguir e prender pessoas. Em discurso recente, na Cúpula Pan-Americana de Juízes, o Papa Francisco já demonstrou a sua preocupação com atos abusivos e de perseguição por meio de processos judiciais sem base legítima.Reivindicamos a pronta e ágil apuração de tudo, com independência e transparência. É preciso também avaliar o afastamento dos envolvidos. Defendemos, ainda, a revisão ou anulação de todo e qualquer julgamento realizado fora da legalidade.

Outrossim, sublinhamos a relevância de o Congresso Nacional concluir a votação do Projeto de Lei sobre Abuso de Autoridade.

Apoiamos firmemente o combate à corrupção, porém consideramos que também é uma forma de corrupção conduzir processos jurídicos desrespeitando deliberadamente a lei.

Governadores do Nordeste do Brasil

Agora os detalhes que esclarecem a fraude praticada por Glenn Greenwald

Imagine, hipoteticamente, que a Folha de S.Paulo publicasse a seguinte manchete: “José Dirceu assaltou uma agência do Banco do Brasil em Taubaté e fugiu para Pindamonhangaba”, com direito à matéria detalhando os supostos fatos vividos pelo acusado nas duas cidades.

Assim que a matéria é publicada, leitores mais atentos inundam as redes sociais com questionamentos acerca da veracidade das informações: “José Dirceu é aquele famoso José Dirceu?”; “Não há registros de assaltos ao Banco do Brasil em Taubaté”; “Tem certeza que ele fugiu para ‘Pinda’, terra do Alckmin?”; entre outras coisas.

Daí, os jornalistas que assinam a matéria decidem fazer uma “edição” nas informações. A manchete vira: “José de Alencar assaltou uma agência da Caixa Econômica Federal em Ubatuba e fugiu para Santos”. Os dados textuais da matéria também são alterados.

Novamente, os leitores vão às redes sociais questionar: “José de Alencar é o famoso José de Alencar?”; “Estão falando do José de Alencar escritor ou do ex-vice-presidente da República?”; “Ubatuba não teve assalto à agência da Caixa”; entre outras coisas mais.

Ato contínuo, os jornalistas da Folha fazem uma segunda edição na manchete: “José saiu da fila da Caixa em Pirituba e foi pagar seu boleto numa lotérica do Jaraguá”, mudando novamente o conteúdo textual da matéria.

Qual o nível de credibilidade de jornalistas que fazem uma edição dessa natureza?

Foi exatamente o que aconteceu com o tabloide The IbtercePT e Glenn Verdevaldo na madrugada deste sábado (29).

Questionada sobre os nomes e fatos citados, a turma do IbtercePT transformou Ângelo Goulart Villela em Ângelo Augusto Costa e, depois, apenas Ângelo. Desmentido pela procuradora Monique Checker, o jornalista tirou seu sobrenome dos textos e das imagens e colocou apenas Monique. Havia supostos fatos datados de um futuro 28 de outubro de 2019.

Daí, limitaram-se a dizer que tudo não passou de um “erro de edição”. Compreensível, né?! Até porque, José Dirceu é tão homônimo de José de Alencar, quanto Ângelo Goulart Villela o é de Ângelo Augusto Costa; Taubaté e Ubatuba são quase anagramas e, por isso, são costumeiramente confundidos pela população.A

As seguidas revelações de conversas e acordos informais entre membros do Judiciário e do Ministério Público, em Curitiba, divulgadas pelo TheIntercept.com e outros veículos de comunicação, são de muita gravidade. As conversas anormais configuram um flagrante desrespeito às leis, como se os fins justificassem os meios.

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