Um novo episódio de trote em universidades causou revolta nas redes sociais. Em um vídeo que circula na internet, alunas calouras do curso de medicina da Universidade de Franca (Unifran) aparecem ajoelhadas para fazer um juramento de cunho sexual em que prometem “nunca recusar uma tentativa de coito de um veterano”.
A prática foi considerada por muitos que assistiram ao vídeo machista e misógina. O juramento das calouras dizia que “me reservo totalmente à vontade dos veteranos e prometo atender aos seus desejos sexuais. Compreendo que namoro não combina com faculdade e a partir de hoje sou solteira”. Ainda durante o trote, os envolvidos dizem ofensas a estudantes de outros cursos. “Nunca entregar meu corpo a nenhum invejoso, burro, brocha, filho da puta da odonto ou da Facef.”
Após o episódio, o Ministério Público instaurou nessa terça-feira (5/2) um inquérito para investigar a conduta dos estudantes. A Comissão de Combate à Violência contra a Mulher da OAB encaminhou o material para a investigação.
Repúdio – Em nota conjunta oficial, a Associação Atlética Acadêmica Dr.Ismael Alonso Y Alonso, o Centro Acadêmico Tomás Novelino e o Núcleo de Apoio da Unifran condenaram “qualquer tipo de atitude de cunho discriminatório”. Eles reconheceram “o cunho ofensivo do discurso feito” e já tomaram as providências cabíveis.
“Junto ao grupo de apoio às mulheres e à comunidade LGBTQ+ do nosso curso nos propomos a reformular o juramento feito durante o trote de forma que não venha ferir nenhuma pessoa em qualquer aspecto. Estamos profundamente descontentes com tal situação”, diz a associação em nota.
Por fim, eles pedem desculpas “a todos que se sentiram ofendidos, em especial à Odonto Unifran e Facef pelos comentários infelizes citados”.
Veja o vídeo: