A Síria voltou a sangrar: a coligação liderada pelos Estados Unidos atacou Hajin, perto da fronteira com o Iraque, para eliminar o último grupo do Estado Islâmico ainda ativo.
Ao sul, em Idlib, após bombardeios aéreos russos, forças sírias e iranianas preparam uma invasão para liquidar o último bastião rebelde contra o presidente Bashar Assad.
A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que os civis sejam poupados nas duas frentes reabertas na Síria.
O comandante americano da ofensiva em Hajin, general Patrick Roberson, disse que vai libertar as áreas a leste do rio Eufrates. Em Idlib, com 3 milhões de habitantes, o temor é de um massacre se a Síria recorrer a armas químicas.
Os russos retiraram sua força naval dos portos sírios de Lataquia e Tartus como precaução a bombardeios americanos, segundo uma versão, ou, por outra versão, para melhor combater do Mediterrâneo quem interferir no cerco a Idlib.
A Rússia, a China e a Mongólia realizam o maior exercício de guerra desde a era soviética com 300 mil soldados. Os líderes Putin e Xi Jinping se encontraram ontem em Vladivostok, na Rússia, e fizeram as próprias panquecas e as regaram com vodka.
Putin e Xi Jinping conversaram com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas sem citá-lo. Prometeram uma parceria contra o protecionismo e posições unilaterais diante dos problemas globais.
À guerra na Síria acrescentou-se a disputa comercial, um dos assuntos do quarto Fórum Econômico do Extremo Oriente, que será encerrado amanhã (13).
*O jornalista Moisés Rabinovici é comentarista da Rádio Nacional e apresentador do programa Um olhar sobre o Mundo, na TV Brasil.